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Fins
Eu vejo o fim de todos
Cai a última folha seca de Asvattha E não há nada mais triste que o fim. Os olhares caídos Os passos fora de sincronia A pele enrugada Os poucos cabelos A mente falha O cansaço da alma, Do corpo… O sol há de nascer novo E novos dias virão Mas o que não te disseram É que depois da infância não há alegria Nem esses dias É tudo questão de perdas O tempo é regressivo Eu não vejo a vida com meus olhos de criança. Eu vivo os finais alheios Ao quais mais sinto do que meu próprio Que de tanto que se findam, o anseio. Eu sou um broto de rosa que do broto Murchou. Enfim, não é tão triste Quando minha sanidade se esvaia Quando eu Quando eu esforço em esquecer E minha mente falha Meus olhares caem Meus passos desalinham Minha pele enruga Meus cabelos caem Eu estou cansado Não há nada mais triste que o fim E me findo.
Hermenegildo
Enviado por Hermenegildo em 14/09/2020
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