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Ventarola
Vento que balança os galhos
Fecha janela, abre porta, bate portão Vai soprando folhas solitárias Espalhadas pelo chão Leve pra muito longe Toda essa minha solidão Não me deixe tristezas alheias Não que eu seja egoísta Vento que arrupeia Vai levando paixões sofridas Tu que por vales sombrios passeia Tu que fazes das árvores despidas No assovio da sua intensidade Ouço músicas para meus ouvidos Em cada tom uma saudade Em cada sopro, avisos temidos. É seu frescor que me evade São seus belos contínuos ruídos Tu és um estradeiro Um mascate de sensações Carregas verdades e devaneios Soa tristes composições Nas tempestades de desesperos Tens a braveza de furacões.
Hermenegildo
Enviado por Hermenegildo em 12/04/2020
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